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GERAÇÃO XXI
REVISTA CRÉDITO AGRÍCOLA
os mesmos, “os polinizadores apresentam taxas de visitas florais
muito diferentes, em função dessas cultivares, resultando em dife-rentes
taxas de polinização, inclusive, em contextos paisagísticos
semelhantes”. A eficiência da polinização é muito variada, mesmo
tratando-se das mesmas espécies, tal como os seus efeitos. Daí a
importância de identificar, conhecer e promover todos os polini-zadores
funcionais, em prol da melhoria da qualidade dos frutos.
Na leitura dos seus responsáveis, “o GO PoliMax coloca – ou reco-loca,
melhor dizendo – a atenção num processo biológico básico
(a polinização da fruticultura) que tem sido esquecido, mas que é
decisivo para o sucesso económico da fileira, quer no mercado na-cional
quer no exterior”. Trata-se de um avanço no conhecimento
desta temática. É um constante e ainda mais vasto desafio, ten-do
em conta as geografias, os cultivos e as práticas agrícolas. O
objectivo está bem identificado. Favorecer a qualidade dos frutos
portugueses. O GO PoliMax é movido pelo combustível das par-cerias,
dada a importância da agroecologia para a biodiversidade e
sustentabilidade das explorações agrícolas. O sucesso do projecto
é o resultado dos sinais, do compromisso e da partilha de todos os
envolvidos. Juntos, a apontar novos caminhos à fruticultura na-cional.
PARABÉNS.
PDR2020, o prolongamento do projecto
até 30 de Junho de 2022”. Entretanto, a
transformação digital revelou-se essencial.
Dada a impossibilidade de realizar acções
de campo, as novas ferramentas foram
chamadas à divulgação através de webi-nars
e de produção audiovisual. De facto,
o formato digital seria decisivo para a de-monstração
de compatibilidades entre o
modo de produção integrado e as técnicas
de promoção da biodiversidade. No site do
GO PoliMax, conforme o perfil e a activida-de
do visitante, é ver para crer ou… querer
ou os dois verbos em simultâneo (https://
poli-max.webnode.pt/). Para os promoto-res
do projecto, “é claro que os resultados
alcançados constituem um enorme incentivo à afirmação e ao
desenvolvimento da fruticultura nacional, objectivando atingir
as metas que a estratégia europeia farm-to-fork impõe ao País”.
Para o técnico-operacional do GO PoliMax, “fica comprovada a
existência de uma biodiversidade muito interessante nos pomares
nacionais, quando comparados com outras realidades europeias”.
Manifestamente, o projecto é uma preciosa ajuda na definição dos
indicadores para a implementação de políticas de apoio a práticas
de promoção da biodiversidade. A importância dos polinizadores
constitui quase uma marca que o GO PoliMax pretende comuni-car
ao público em geral, designadamente com a presença em feiras
e outros eventos de primeira linha como a BioLousada ou o Con-gresso
Frutos. “Foi muito interessante mostrar a potencialidade do
serviço que estes polinizadores podem prestar aos fruticultores e
como juntar estas duas sub-fileiras fruticultura e apicultura em
prol da sustentabilidade do sector agrícola”, assinala Rafael Carva-lho.
O GO PoliMax assenta num percurso detalhado por diversas
etapas, um processo que remete o dia da primeira reunião para
um registo longínquo. Rafael Carvalho argumenta que, “com os
passos já dados, o processo de polinização cruzada não é igual para
todas as cultivares frutícolas”; concretizando, embora possam ser