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GRANDE PLANO
REVISTA CRÉDITO AGRÍCOLA
1.º Semestre de 2021
CRÉDITO AGRÍCOLA
COM RESULTADOS LÍQUIDOS
DE 96,5 MILHÕES DE EUROS
O Grupo Crédito Agrícola apre-senta
um resultado líquido
consolidado de 96,5 milhões
de euros (+92,5% face ao pe-ríodo
homólogo) no primeiro semestre
de 2021, para o qual o negócio bancário
contribuiu com 84,5 milhões de euros
(+110,6% face ao 1.º semestre de 2020),
período marcado por um contexto de
incerteza e alguma adversidade para o
sector financeiro decorrente ainda do
impacto da crise pandémica COVID-19.
Indicadores bastante positivos que re-metem
para os valores pré-pandemia,
época em que o Grupo CA apresentou
um resultado líquido consolidado de
74,4 milhões de euros (1.º semestre de
2019). Em 30 de Junho de 2021, a car-teira
de crédito (bruto) a Clientes do
Grupo CA ascendeu a 11,5 mil milhões
de euros – uma variação positiva de
6,2% nos últimos 12 meses, reflectindo
o apoio contínuo às famílias, empresas
e instituições Clientes do Grupo CA no
actual contexto. A carteira de crédito em
moratória totalizava 2.789 milhões de
euros, com o Crédito Agrícola a apoiar
4.489 empresas nacionais através da
concessão de 335,8 milhões de euros ao
abrigo das linhas de crédito protocoladas
COVID-19, com a garantia do Estado.
De acordo com as regras CRD IV/CRR,
o Grupo CA apresenta um confortável
nível de solvabilidade consubstanciado
pelos rácios common equity tier 1 (CET1)
e de Fundos Próprios Totais, ambos de
17,9% (excluindo resultado líquido do
período), um rácio de alavancagem de
8,5% e um nível de cobertura de liquidez
(rácio LCR) de 380,4%, todos bem acima
dos níveis mínimos recomendados.
A Caixa Central de Crédito Agrícola re-cebeu
pela primeira vez, em Julho de
2021, notação de rating (baseline cre-dit
assessment ou BCA) da Moody’s de
nível Ba1, o 3.º rating mais elevado, a
par de outra Instituição, entre os sete
maiores bancos a operar em Portugal.
A notação BCA é complementada com
a notação de depósitos Baa3 Outlook
Estável/Prime-3 e notação Counterpar-ty
Risk Rating (CRR) de Baa2/Prime-2,
ambos com grau de investimento. A
obtenção de rating por parte da Caixa
Central constitui um marco importan-te
no acesso a mercados institucionais
permitindo considerar fontes de fi-nanciamento
alternativas a depósitos,
designadamente de dívida elegível pa-ra
os requisitos MREL, sendo esse o
principal objectivo para a obtenção de
rating. Este é um processo que culmi-na
com o reconhecimento da qualidade
do Grupo.
“O Crédito Agrícola verificou, nestes
primeiros seis meses do ano, uma forte
retoma da actividade remetendo para a
época pré-pandemia, com o mercado a
dar sinais claros de confiança. O cresci-mento
da margem financeira e da mar-gem
técnica de seguros contribuiu para
o aumento do produto bancário que, em
conjunto com o controlo dos custos de
estrutura e a estabilização do custo do
risco, não obstante a prudência, permi-tiram
ao Crédito Agrícola registar um
crescimento de 92,5% quando compa-rado
com igual período em 2020. Estes
resultados alcançados, muito positi-vos,
reflectem o trabalho e a dedicação
de uma vasta equipa que trabalha no
Grupo aos vários stakeholders, e são a
demonstração da resiliência e da con-fiança
que os Clientes têm nas Caixas
Agrícolas do SICAM e no Grupo em ge-ral,
dando garantias de sustentabilida-de
reforçada”, sublinha o presidente do
Grupo CA.
Para a evolução do produto bancário
(+14,0 milhões de euros face ao ho-mólogo),
contribuiu essencialmente
o crescimento da margem financeira
em 4,4 milhões de euros (+2,8%), da
margem técnica do negócio segurador,
que registou uma variação homóloga
de +10,2 milhões de euros (+48,4%), e
dos outros resultados (+11,2 milhões
de euros).
As imparidades e provisões do exer-cício
registadas no primeiro semestre
de 2021 ascenderam a 7,3 milhões de
euros, evidenciando uma redução em
termos homólogos de 29,1 milhões
de euros. E a rentabilidade de capitais
próprios consolidados (ROE) de 9,8%
espelha os resultados conseguidos
nas diferentes componentes do Gru-po
(Caixas Agrícolas, Caixa Central,
companhias de seguros vida e não vi-da
e gestão de activos e fundos de in-vestimento),
incluindo os contributos
positivos do negócio segurador (3,9
milhões de euros da CA Vida e de 2,6
milhões de euros da CA Seguros).
Crescimento de 92,5% face ao período homólogo
Negócio bancário contribuiu com 84,5 milhões de euros