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ESPAÇO CLIENTE
REVISTA CRÉDITO AGRÍCOLA
AMÊNDOAS
COM SABOR
A PORTUGAL
Valorizar a matéria-prima local. Foi
o que se propôs fazer Nuno Ferreira
quando assumiu as rédeas da Pabi.
E o local é Pinhel, de onde saem,
em média, 12 toneladas de amêndoa
por dia. Com sabor nacional. E com
sustentabilidade
Nuno Ferreira, administrador e rosto da
Pabi – Produtos Alimentares da Beira
Interior*, empresa líder do mercado
nacional da amêndoa, diz que o “se-gredo”
do sucesso, mais do que aumentar o volu-me
de negócios, passou por alicerçar a empresa,
dotá-la de tecnologia de ponta e criar cadeias de
valor. Constituída em 1994 e com sede em Pi-nhel,
no distrito da Guarda, a Pabi encara o futu-ro
com confiança, empenhada, como sempre, em
fornecer um produto de qualidade e com sabor a
Portugal.
Quando terminou a licenciatura em Economia,
Nuno Ferreira começou a trabalhar na empresa
que o pai adquirira, e que se dedicava essencial-mente
ao embalamento e à torrefacção de frutos
secos, com algum pendor para a amêndoa. Co-nhecedor
das dificuldades que o Interior repre-senta
para a actividade das empresas, decidiu
rever a estratégia empresarial no sentido de valo-rizar
a matéria-prima local, dando-lhe expressão.
“Neste contexto, e como a maquinaria de que
dispúnhamos para trabalhar a amêndoa era de-sadequada,
em 2007 iniciámos um conjunto de
investimentos a fim de melhorar o desempenho
e, consequentemente, tornarmo-nos competiti-vos”,
declara, recordando que o mercado nacional
de industrializados era então abastecido por con-géneres
espanholas. E foi à semelhança do bem-
-sucedido modelo de negócio dos espanhóis que
a Pabi começou por importar amêndoa da Califór-nia
– entre 60 a 70 contentores/ano – e, assumin-do
uma redução do custo marginal de produção,
foi ganhando mercado interno. Deu-se o caso de o
consumo de amêndoa ter disparado, entretanto, a
nível mundial, e de os preços terem subido muito
entre 2008 e 2012, devido a problemas naquele
estado norte-americano relacionados com a água.