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DESTAQUE
REVISTA CRÉDITO AGRÍCOLA
mos de um novo tipo de Banco, que te-nha
um propósito e um coração. A razão
por que não simpatizamos com o siste-ma
financeiro é porque parece que não
tem coração. Os bancos têm de alinhar
os seus investimentos com a neutralida-de
carbónica e com os Objectivos de De-senvolvimento
Sustentável das Nações
Unidas”, exortou.
É este – partilhou – o seu propósito no
CA: “Estou a trabalhar com o CA para
fazer estas mudanças acontecerem, para
levar as emoções para o Banco”, afirmou,
aludindo aos 19 compromissos plasmados
na Política de Sustentabilidade do Grupo.
Sofia Santos reconheceu que não é um
caminho fácil, mas frisou que é o mais
correcto e que esse é um caminho que
deve ser trilhado com criatividade, numa
parceria com os Clientes e com a socie-dade
em geral. Porque, para um mundo
mais sustentável, o sistema financeiro
“tem de mudar de um greedy para um
care system”.
NA LINHA DA FRENTE
DA INOVAÇÃO
E, se banca e emoções poderiam não ter
uma ligação evidente, o mesmo não se
pode dizer de inovação e sustentabilida-de.
Porque, seja dentro das empresas já
estabelecidas, seja nas que ainda dão os
primeiros passos, são as ideias o motor
da mudança. A banca é o combustível
que alimenta esse motor, como ficou
bem patente no debate “A Inovação para
um Futuro mais Sustentável”.
Com moderação de Sílvia Alberto, pe-lo
palco virtual passaram alguns dos
projectos distinguidos com o Prémio
Empreendedorismo e Inovação Crédito
Agrícola. O primeiro deles foi o SOILIFE,
nascido do espírito científico de uma
equipa liderada pela professora Bea-triz
Oliveira, catedrática na Faculdade
de Farmácia da Universidade do Porto.
Vencedor na edição de 2018, propôs-
-se reabilitar o bagaço de azeitona, para
que deixe de ser um perigo ambiental
e passe a ter valor acrescentado numa
política de economia circular e zero re-síduos.
Como? “O que fizemos foi pegar