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DESTAQUE
REVISTA CRÉDITO AGRÍCOLA
CA foi main sponsor do Planetiers World Gathering
NO PALCO GLOBAL
DA SUSTENTABILIDADE
A preocupação crescente do CA com os desafios colocados
à sociedade pela sustentabilidade ficou bem patente
na adesão do Grupo, como patrocinador principal, ao
Planetiers World Gathering. E evidenciou-se nos temas e
oradores que ocuparam os dois palcos a que deu o nome
– Crédito Agrícola Communities Stages e CA Innovation
Studio.
Comecemos pelo fim, isto é,
pelos números que tornaram
mais do que justificada a de-signação
de “Web Summit da
Sustentabilidade”, que desde cedo foi
associada ao evento: mais de dez mil
participantes por dia neste evento global
dedicado à inovação sustentável e mais
de 100 oradores de renome nacional e
internacional.
De facto, pode dizer-se que, a 22 e 23 de
Outubro, a Altice Arena, em Lisboa, se
converteu no palco mundial da susten-tabilidade
e da inovação, com a partilha
de ideias e de boas práticas sobre os de-safios
que se colocam à sociedade e, por
inerência, às empresas e aos negócios.
Logo na concepção, o Planetiers World
Gatheting surgiu com a ambição de se
constituir como um acelerador de mu-danças,
no entendimento de que essas
mudanças são urgentes. E este é tam-bém
o posicionamento do CA, enquanto
Banco com uma forte ligação às pessoas
e às comunidades.
Esse compromisso foi personalizado, na
inauguração oficial do evento, pela Di-rectora
de Comunicação do Grupo CA,
Isabel Matos. E é um compromisso que
se concretiza na capacitação das empre-sas
com vista ao progresso económico e
social das regiões, através de uma ban-ca
de proximidade, confiança, inclusiva,
inovadora e responsável.
E depois materializado no Crédito Agrí-cola
Communities Stage, palco de dis-cussão
de temas relacionados com a
inovação sustentável, e no CA Innova-tion
Studio, que se propôs dar voz às
start-ups.
Tendo decorrido num formato híbrido,
devido à pandemia, esta primeira edição
do evento foi um sucesso, de tal forma,
que, de acordo com a organização, vai
regressar no próximo ano. O nosso futu-ro
colectivo vai, pois, continuar a passar
por Lisboa.
LEVAR AS EMOÇÕES
PARA A BANCA
Banca e emoções. O que têm estes dois
conceitos em comum e de que modo é
que isso se relaciona com a sustentabili-dade?
À partida, poderia parecer que não
há qualquer relação, mas a gestora do
projecto para a sustentabilidade do Gru-po
CA, Sofia Santos, rebateu esta ideia,
ao intervir, no segundo dia do evento, no
debate sobre “Sustainable Finance and
Regenerative Investment”.
Como tornar a banca mais sustentável?
Este foi o desafio subjacente a uma in-tervenção
iniciada com a assumpção de
que o actual modelo económico já não
é válido. “Funcionou como esperado,
o Produto Interno Bruto cresceu for-temente
desde os anos 50, mas os im-pactos
ambientais também e ignorámos
as consequências desse crescimento”,
demonstrou, para logo questionar a au-diência
com uma reflexão: “Como po-díamos
esperar um mundo equilibrado
se fizémos algo que, mesmo em termos
matemáticos, não está correcto?”.
Esse desafio fez-se acompanhar de uma
resposta, que aponta para o imperativo
de acelerar a neutralidade carbónica,
mas com uma ambição acrescida: tornar
o mundo “carbono negativo”. E, nesta
missão, sustentou que o sistema finan-ceiro
desempenha um papel fulcral, se
apoiar projectos e empresas com im-pacto
positivo no ambiente e na socie-dade.
“O sistema financeiro pode salvar
o mundo ou destrui-lo ainda mais. E, se
não for parte da solução, não vamos con-seguir”,
alertou.
Foi neste ponto que introduziu as emo-ções,
ao considerar que são essenciais
para que a ambição se cumpra: “Precisa-